quinta-feira, 25 de setembro de 2014

A Antropologia em pauta

Por mais de 200 mil anos, a espécie humana como a conhecemos habita a terra. Passamos por vários processos evolutivos até chegarmos ao nosso atual homo sapiens, ou homo sapiens sapiens. Nós, humanos, fomos capazes de criar nossas crenças, costumes e hábitos.

O estudo desses costumes, crenças, hábitos, aspectos físicos dos diferentes povos que já passaram  pela Terra é denominado de Antropologia. Ou seja, a Antropologia estuda a diversidade cultural  dos povos.
Com o objetivo de discutir temas relacionados a esse campo de estudos surgiu a RBA. Primeiramente, é importante explicar aos nossos leitores o significado da sigla RBA. Trata-se da abreviação de Reunião Brasileira de Antropologia, que teve no ano de 2014 sua 29° edição, edição essa ocorrida na Universidade Federal do Rio Grande do Norte entre os dias 3 e 6 do mês de agosto.

O conjunto de atividades da reunião contemplava  eventos que ocorreram  todos os dias, iniciando pela manhã e finalizando a noite, desde  reuniões, sessões, exposições, feiras, até mostras de filmes e fotografias  e também  shows. Uma programação bem variada, que englobava também o público infantil, trazendo em suas atividades sempre temas relacionados à Antropologia.

Dessa forma, conseguimos obter uma maior proximidade dos estudos realizados por  antropólogos nas mais diferentes localidades do globo e chegamos a respostas que facilitam a compreensão de nossa espécie e fazem valorizarmos o nosso passado, presente e pensarmos melhor sobre o nosso futuro.

Por: Wanderson Oliveira

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Organização da RBA comenta sobre o evento realizado na UFRN

Nos últimos dias 4, 5 e 6 de Agosto ocorreu na Universidade Federal do Rio Grande do Norte a "29ª Reunião Brasileira de Antropologia". Em entrevista aos nossos jornalistas a professora do programa de pós-graduação do Departamento de Antropologia da UFRN e também coordenadora das comissões de Monitoria e Acessibilidade da RBA, Rozeli Porto (foto), nos deu mais detalhes sobre o evento que teve como suporte monitores escolhidos por meio de processo seletivo para dar o auxílio necessário em todas as salas e atividades programadas.


Rozeli nos informou que a 29ª RBA estaria com a programação recheada. Os participantes poderiam contar com Oficinas, Minicursos, Simpósios Especiais, Grupos de Trabalho (GT’s), Mesas Redondas, Comunicações Coordenadas, Lançamentos de Livros, Duetos e Conferências. A professora citou, para evidenciar a vasta gama de opções, que apenas pela manhã, em cada um dos três dias, havia 83 GT’s espalhados por toda a Universidade, em especial pelo Setor II que recebeu a maior parte das atividades do evento, além do CCHLA, CCET, da Reitoria e dos setores de Educação Física, Enfermagem, Química e outros.

Durante a entrevista, Rozeli  se mostrou agradecida pelo apoio que a UFRN recebeu da Reitoria e do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCHLA) e por todo o suporte dado pelo CAENE (Centro de Apoio às Pessoas com Deficiência)  na pessoa de Ricardo, coordenador, em especial por sua contribuição expressiva ao fornecer a programação em braile e cursos para que os monitores soubessem como auxiliar pessoas com algum tipo de limitação física como cadeirantes e deficientes visuais, além de disponibilizar intérpretes de LIBRAS para algumas salas da RBA. Ela ainda menciona que houve monitores de Enfermagem disponíveis no local do para atender qualquer eventualidade.
            
A professora acrescentou que a RBA conta com uma programação chamada “ABINHA” (nome escolhido baseado em “ABA”, Associação Brasileira de Antropologia) direcionada para os filhos dos pais participantes do evento, para que enquanto os pais estivessem aproveitando a programação pudessem relaxar sabendo que seus filhos estariam sendo bem cuidados.
      
Por fim, Rozeli explicou porque o tema escolhido para a RBA deste ano foi “Diálogos Antropológicos: Expandindo Fronteiras”, de acordo com o seu ponto de vista, esse tema vem do fato de estarmos vivendo um processo de antropologia contemporânea, deixando de ser um estudo “restrito”, já que anos atrás estudava-se “lugares fechados”, mas hoje não. A professora comentou que enquanto estudamos Antropologia nas universidades há um fluxo de pesquisas e de participação por todo o mundo e por parte de todas as pessoas citando como exemplo as comunidades quilombolas ainda existentes que não se encontram fechadas, mas tem sua participação na sociedade. Rozeli finalizou afirmando que nós devemos estudar Antropologia de forma livre, sem fronteiras, e que é isso o que o tema propõe. 

Por: Alana Rebeca, Cellina Carvalho, Iane Jan, Igor Lucio, Vinicius Castro.

Que tipo de Antropologia Visual queremos fazer?

A Antropologia Visual começou a dar seus primeiros passos no Brasil há quase três décadas, surgindo como um auxílio nas pesquisas antropológicas. Logo se viu quão enriquecedor para as pesquisas e estudos antropológicos era o uso e reprodução de filmes, documentários, fotografias. 

Abrindo as discussões, Clarice Peixoto em seu discurso levantou questões embasadas principalmente no tipo de Antropologia Visual que se quer produzir. Clarice indaga “O que queremos mostrar? E como mostrar?”. Para ela, fazer Antropologia Visual não é somente estar com uma câmera na mão e sair registrando imagens da cena etnográfica que compõe o estudo antropológico, é preciso clareza na hora de construir o conhecimento no campo da Antropologia Visual, definir bem o que se quer registrar, para quem e por que, saber analisar se aquele registro, de fato, será enriquecedor para o estudo que está sendo feito. 

Clarice deixa claro que é fundamental o estudo e domínio da linguagem técnica dos equipamentos, “É necessário saber ler antropologicamente as imagens.”. Enfatiza ainda, a importância da inserção da Antropologia Visual em várias universidades públicas do país e sua consequente expansão como campo de estudo, e fala “Os cientistas sociais estão cada vez mais interessados em utilizar a reprodução de imagens em seus estudos e pesquisas.”  

Andréa Barbosa, compartilhando do discurso inicial de Clarice, acrescenta suas experiências com a Antropologia Visual, o fato de que a partir da década de 1980 ocorreu a construção de um diálogo mais formalizado e institucionalizado sobre Antropologia Visual no Brasil e, na década seguinte, o início da formalização dos grupos de pesquisa na área, que hoje se encontram bem definidos e formalizados.  

Ponto bastante interessante do discurso de Andrea foi sua fala a respeito da etnografia desenhada. Antropólogos fazem seus registros através de desenhos, captando as atividades sociais através de seus próprios desenhos. 

Lisabeti Coradini abordou muito de sua experiência como professora na UFRN, como se deu o crescimento da área na universidade, o Navis, Grupo de Antropologia Visual da UFRN, no qual coordena. Hoje, os cursos de Teatro, Artes Visuais e Ciências Sociais têm em sua grade a matéria “Antropologia e Imagem”, sendo para os dois primeiros obrigatória e para o último, optativa. 

Ana Lúcia Ferraz em sua fala fez questão de enfatizar a necessidade, já justificada, segundo ela, da criação de uma Pós-Graduação em Antropologia Visual no país, visto a expansão da área e sua formalização em grupos de pesquisas, e que ocorre uma marginalização com os profissionais que trabalham com produção de imagens, já que não encontram reconhecimento. 

Puxando para esse relato feito por Ana Lúcia, no que diz respeito à marginalização dos profissionais da área, é de extrema importância bater nessa tecla. Afinal, o trabalho feito é reconhecido e importante para aqueles que o necessitam (a exemplo: os cientistas sociais), então porque essa marginalização? Falta reconhecimento, apoio, incentivo e o esclarecimento da importância da profissão. Suscitar essa discussão dentro do ambiente acadêmico é de extrema importância na construção de um pensamento crítico a respeito do papel do Antropólogo Visual. 

Por: Adele Silveira, Alda Mariana, Alysson de Souza, Maria Clara Nayumi, Romário Anulino.

ABINHA apresenta alternativas contra o sedentarismo na infância

Aconteceu durante os dias 04 a 06 de agosto, na Reunião Brasileira de Antropologia (RBA), um evento infantil denominado Abinha. O espaço lúdico foi criado na estrutura da RBA para entreter e “exercitar”, com intuito de proporcionar segurança, saúde e abrigo para os filhos dos participantes da Reunião. Esse acolhimento infantil se deu no departamento de enfermagem da UFRN, em uma pequena salinha, o qual foi chefiado e organizado pela professora Juliana Melo, do departamento de antropologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e na linha de frente das atividades lúdicas, o coordenador Márcio Everton, professor de educação física e com ampla experiência em atividades recreativas, ficou responsável pelas suas realizações.

A Abinha é uma criação recente. “Essa é a terceira edição da Abinha, e, esse nome é um nome daqui, eu não estive presente em outras edições, pois cada universidade é que gerencia, que fica responsável, que vai dar um formato, mas, é a terceira edição que esta acontecendo”, conta a antropóloga Juliana Melo. Segundo ela, a Abinha em cada edição, tem um formato diferente. Em São Paulo, que foi a ocasião anterior a do Rio Grande do Norte, foi uma escola que ficou responsável pelas crianças, elas iam desenvolver atividades nesse espaço que oferecia lanches, o qual era em tempo integral, faziam passeios, dentre outras atividades. A Abinha potiguar, no entanto, ofereceu um serviço de atendimento das 08h ao meio dia, e de 14h às 18h. “Nosso espaço não é uma escola, é um espaço restrito de certa forma, oferecemos lanche para as crianças às 10h e às 16h, no entanto, os pais buscam para levarem para o almoço. Desenvolvemos atividades de pinturas, recreação, atividades lúdicas, filmes, brincadeiras de um modo geral”, complementa a coordenadora do evento.

O educador físico Márcio Everton comenta que o cenário atual infantil não é muito agradável. Ele afirma que as crianças devem praticar atividades esportivas e recreativas, trabalhando a psicomotricidade, a mente, o corpo e o desenvolvimento motor. Segundo ele, a criança deve sair do sedentarismo. Assim, o físico e a mente infantil poderiam ser contemplados com benefícios. “Eu gosto muito dessa área de lidar com crianças. Eu vejo que a criança com essas atividades esportivas e recreativas, trabalha a psicomotricidade, a mente, o corpo, o desenvolvimento motor, vemos a criança saindo do sedentarismo. Passando a missionar o esporte, a criança vai não só trabalhar o físico, mas trabalhar também a mente, e vai estar se socializando com outras crianças, sabendo o certo e o errado, saber vencer e saber perder, saber lidar com outras crianças com temperamentos mais ativos, outras com temperamentos mais tranquilos, vai saber lidar com grupo, e saber sair de qualquer situação. Isso ajuda sim, no desenvolvimento mental e físico, vejo que o esporte é bem vantajoso para o desenvolvimento da criança, seja educacional, físico ou mental”, assegura o coordenador. O profissional de educação física ainda complementa que, antigamente, quando não existia internet, as crianças teriam outros motivos para se divertir, como: soltar pipa, jogar pião, jogar biloca, etc. As meninas brincavam de pular elástico, amarelinha, pular corda, queimada, pique bandeira, pique esconde. Ele levanta a hipótese de que, realizando pesquisas com crianças que faziam esse trabalho no passado em relação às crianças de hoje, que vivem em casa na internet, poderíamos ver a diferença. Ele atesta que as crianças do passado eram mais ágeis, tinham uma coordenação mais apurada, pois vinham de uma geração que lidava com esporte, com o corpo, com movimentos, diferente de crianças de hoje, que geralmente, os pais incentivam o sedentarismo por não estarem atentos aos benefícios do esporte e das brincadeiras aeróbicas. Nessa perspectiva, permitindo que elas façam o uso do mundo digital em tempo integral.

A terceira edição da Abinha contou com profissionais altamente qualificados para o trabalho e com monitores especializados no assunto. Havia poucas crianças utilizando o recurso oferecido pela RBA no período vespertino, mas mesmo assim a estrutura oferecida pela universidade não contemplava a idealização de Márcio Everton. O espaço era pequeno e pouco iluminado, nada infantil, era apenas uma sala de aula. As crianças reproduziam o mesmo modelo de sedentarismo que os profissionais responsáveis pelo o evento afirmaram ser contra, assistindo a filmes da Disney. Por fim, a análise sobre a postura e o grande universo de atuação da Antropologia no evento da 29ª RBA, que não deu um espaço direcionado exclusivamente ao estudo da criança e seu universo, fez-se poder atestar, por um olhar de quem assiste ao evento, que houve uma escassez de trabalhos na área infantil no evento desse ano, ratificando algumas ações que passam despercebidas aos olhos dos responsáveis por crianças, nos dias atuais.


Por: Alexandre Bethoven, Andréa Cynthia, Arsenio Targino, Diego Silva, Maria de Fátima.

Participação de estudantes é destaque em evento que debate temas da Antropologia

Além de ser um espaço conhecido pelos debates de grande relevância para a Antropologia, a Reunião Brasileira de Antropologia sediada na UFRN também se destacou pelo bom número de estudantes que se interessaram pelos temas debatidos; O encontro, que é considerado uma das fortes referências na área de ciências humanas do país, contou com a participação de aproximadamente 3.500 alunos de faculdades, públicas e privadas, de vários lugares do Brasil e do mundo. 

De acordo com alguns estudantes que participaram do evento, a RBA foi um sucesso, como relata o estudante Maximiliano Lira “A 29ª RBA trouxe a Natal uma gama de possibilidades no conhecimento científico antropológico, ampliando temas que esta área de conhecimento abrange e reflete atualmente. Deu reconhecimento à nossa cidade e abertura para a exploração aos antropólogos e pessoas visitantes de todo o país e fora dele também, em âmbito cientifico”. O mesmo ainda elogiou a estrutura e a organização do evento “Creio que esta reunião poderá acontecer mais vezes aqui na cidade, pois temos um suporte bastante rico em questões organizacionais, culturais, receptividade e excelente elaboração de todas as atividades definidas para este”.

A RBA também foi importante para que alunos de outras frentes de estudos pudessem ter contato com o universo da antropologia, como afirma o estudante de Comunicação Social, Alexandre Beethoven “Eu achei a RBA um evento muito bem estruturado e organizado. Com certeza reafirma o poder de influência que a UFRN tem sobre o país. Sinto-me orgulhoso por estudar aqui. No Grupo de Trabalho que pude participar, de Religião e Conflitos, a RBA mostrou-me que sou leigo no assunto, um viés muito interessante e alarmante sobre a realidade legislativa, social e antropológica das religiões no país, que eu, sinceramente, não conhecia. Os Grupos de Trabalho foram muito proveitosos, até para mim, enquanto estudante de Comunicação Social.” 

O sucesso do evento foi notório devido as grandes procuras nos GT (Grupo de Trabalho), da grande visitação aos estandes e principalmente a receptividade do povo Potiguar como afirma Maximiliano Lira “A 29ª RBA teve uma ótima aceitação pela maioria das pessoas que conversei e elogios à receptividade do povo potiguar”.

Diante disso, torna-se possível afirmar o sucesso do evento sediado pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Elogios na infraestrutura e organização mostram a capacidade que UFRN tem de acolher eventos de grande porte, como este. 


Por: Adele Silveira, Alda Mariana, Alysson de Souza, Maria Clara Nayumi, Romário Anulino.

Lançamentos de livros colabora com o aprofundamento das discussões antropológicas no Brasil

No terceiro dia da 29ª Reunião Brasileira de Antropologia, no auditório do CCET na UFRN, ocorreu o lançamento de obras de autores de diversas partes do Brasil, e de outros países. O evento contou com coquetel no hall, onde os autores vendiam e autografavam seus livros, e sessões de apresentação oral de obras integrais nos anfiteatros.

Para Patricia Reinheimer, autora do livro “Cândido Portinari e Mario Pedrosa: uma leitura antropológica do embate entre figuração e abstração no Brasil”, e professora da UFRJ, o diferencial de lançar um livro num evento do porte da RBA é que os escritores têm acesso direto às pessoas que têm interesse nesse tipo de leitura. “A vantagem é que você está atingindo diretamente um público que se interessa por antropologia, e os livros são uma leitura antropológica de um contexto específico”, disse a escritora.

A RBA é o maior evento de antropologia do Brasil, e a reunião de conhecimento dos mais variados pesquisadores da área rende bastante, contribuindo para o amadurecimento das diferentes questões antropológicas, assim como o surgimento de novas discussões.


A 29ª RBA aconteceu nos dias 03 a 06 de agosto no Campus Central da UFRN, e contou com mesas-redondas, grupos de trabalho, oficinas, minicursos, prêmios, e outras atividades.


Por: Irlane Lira, Milla Mariane, Rafael Sousa, Victor Pegado e Natália Guimarães

O folclore em debate na 29ª RBA


Entre as várias atividades realizadas na 29ª Reunião Brasileira de Antropologia, estava o Grupo de Trabalho (GT) “Folclore, cultura popular e patrimônio material: noções, questões e tensões da prática antropológica”, que aconteceu entre os dias 04 e 06 de agosto, das 10 horas da manhã ao meio dia, sob a coordenação das professoras Luciana Gonçalves de Carvalho (UFOPA) e Lady Selma Fernandes Albernaz (UFPE).   

No GT foram apresentados, no total, 21 trabalhos voltados à discussões sobre as práticas de cultura popular, bem como o armazenamento de documentações voltadas ao tema como patrimônio material. No último dia de evento, o GT contou com os seguintes trabalhos: “A Boemia literária carioca e as expressões da cultura popular no Rio de Janeiro na passagem entre os Séculos XIX/XX” sendo autor Ulisses Neves Rafael, “Coleta, registro e etnografia: a pesquisa de campo nos estudos de folclore” sendo autora Ana Teles da Silva, “Contribuições metodológicas da antropologia ao INRC e do INRC à antropologia” sendo autora Sara Santos Morais, “De milongueros, cirqueros y murgueros. Los ‘precursores’ del resurgimiento actual en Buenos Aires” sendo autores Morel Carlos Hernán, Julieta Infantino, “Gênero e performance no Maracatu Rural Pernambucano: um estudo da travestilidade masculina em um folguedo popular” sendo Autor Anderson Vicente da Silva, “O folclore boliviano em São Paulo: reinventar a tradição e mediar relações” sendo autor Willians de Jesus Santos e “Políticas de patrimônio cultural imaterial em perspectiva: a experiência no Brasil e na França” sendo autor Luciana de Araujo Aguiar.


As apresentações que foram realizadas na Sala I-7 do Setor II da UFRN ficaram restritas aos próprios palestrantes. O que se viu foi um esvaziamento da sala. Não houve presença de outros (ouvintes, professores, alunos) além dos que estavam apresentando os trabalhos ou coordenando o GT. Entretanto, a discussão e exposição dos estudos desenvolvidos foi interessante no que tange o compartilhamento do que se investiga na Academia.

Dentre os trabalhos apresentados, destaca-se o “Gênero e performance no Maracatu Rural pernambucano: um estudo da travestilidade   masculina em um folguedo popular” de Anderson Vicente da Silva, mestrando da Universidade Federal do Pernambuco. Em conversa, ele falou da importância de eventos como a RBA para a divulgação e exposição dos estudos desenvolvidos na Academia. Para Anderson, a universidade, como portadora de um papel social importante, precisa olhar para essas práticas populares a fim de preservar esses personagens e sua cultura. 


Por: Irlane Lira, Milla Mariane, Rafael Sousa, Victor Pegado e Natália Guimarães